"Ross"

Veterano do Iraque supera ‘peso da guerra’ com neurofeedback após 16 anos de TEPT

Quadro clínico:

Ansiedade persistente, estado constante de “luta ou fuga”, reatividade emocional e pesadelos

Ansiedade persistente, estado constante de “luta ou fuga”, reatividade emocional e pesadelos

“Ross” ingressou no Corpo de Fuzileiros Navais logo após concluir o ensino médio e, em 2005, foi enviado ao Iraque como operador de rádio em zona de combate. Durante uma operação, uma explosão o lançou ao chão, episódio em que perdeu vários companheiros e viu outros gravemente feridos. Desde então, passou a carregar o que descreve como o “peso da guerra”.

Quando chegou à Gray Matters, em março de 2022, Ross relatava sentir-se sob constante pressão, incapaz de “deixar para trás”. Estava facilmente sobrecarregado, ansioso e emocionalmente reativo. Sofria com pesadelos, evitava relacionamentos por medo de sua inquietação noturna e ainda apresentava problemas digestivos associados ao estado crônico de alerta. Antes disso, havia investido anos em diferentes tratamentos, incluindo medicações e abordagens como EMDR, sem resultados duradouros.

Dezesseis anos após deixar o serviço militar, Ross foi avaliado com swLORETA qEEG avançado. O exame mostrou hiperatividade em áreas emocionais do cérebro, com valores superiores a 2 desvios-padrão. Após 20 sessões de neurofeedback, em maio de 2022, a hiperatividade já havia diminuído de forma significativa, e Ross relatava sentir-se melhor. Em agosto do mesmo ano, após 55 sessões, seu funcionamento cerebral estava dentro da faixa de normalidade (cerca de 1 desvio-padrão). Ele descreveu essa evolução como a sensação de finalmente se livrar de um peso que acreditava que carregaria para sempre. Ross conseguiu retomar sua vida social e afetiva e, depois de muitos anos com medo de se relacionar, voltou a namorar.

O nome utilizado neste estudo de caso é fictício e os relatos foram adaptados para preservar a confidencialidade do paciente, mantendo-se apenas os aspectos clínicos relevantes.

O nome utilizado neste estudo de caso é fictício e os relatos foram adaptados para preservar a confidencialidade do paciente, mantendo-se apenas os aspectos clínicos relevantes.