Depressão
Equilíbrio neural para restaurar motivação e bem-estar
Todos sentimos tristeza como resposta natural a situações difíceis da vida. A depressão, no entanto, vai além desse estado passageiro: descreve um sofrimento emocional profundo e persistente, que pode levar à perda de energia, de propósito e da capacidade de desfrutar atividades que antes traziam prazer. Em muitos casos, interfere de maneira significativa no funcionamento social, acadêmico e profissional.
Esse quadro pode se manifestar de formas distintas. Para algumas pessoas, surge em ciclos; para outras, assume caráter mais crônico e persistente. Reconhecida como uma das principais causas de incapacidade no mundo, a depressão pode estar associada a alterações no sono e no apetite, fadiga, dificuldade de concentração, sentimentos de desesperança e isolamento social. Muitas vezes os episódios são recorrentes ao longo da vida, o que reforça a importância de abordagens que fortaleçam a autorregulação cerebral e ofereçam recursos para prevenir recaídas.
Do ponto de vista cerebral, estudos apontam alterações em circuitos ligados ao humor, à motivação e às funções executivas, o que ajuda a explicar por que os sintomas da depressão não se resumem apenas à tristeza. Fadiga, perda de interesse em atividades cotidianas e dificuldade de concentração refletem o impacto dessas redes no funcionamento global. O qEEG permite observar padrões descritos em pesquisas, como lentificação em determinadas redes ou redução da conectividade entre áreas relacionadas à motivação, regulação emocional e tomada de decisão. Esses achados oferecem uma base objetiva para protocolos de neurofeedback que favorecem autorregulação, promovem equilíbrio neural e sustentam mudanças consistentes e duradouras.
O neurofeedback pode contribuir para a redução de sintomas depressivos ao favorecer maior estabilidade emocional, melhora da energia mental e maior capacidade de concentração e engajamento. Por ser um método de autorregulação cerebral, pode se integrar a outras formas de cuidado, como psicoterapia e acompanhamento psiquiátrico, além de hábitos de vida saudáveis como higiene do sono e atividade física. Essa integração potencializa os resultados e garante maior segurança clínica.
Ressaltamos que os medicamentos podem desempenhar um papel importante e chegam a ser fundamentais em algumas situações, especialmente quando há necessidade de estabilização rápida. Ao mesmo tempo, é essencial compreender que o cuidado efetivo vai além da redução imediata de sintomas. Ele envolve uma abordagem ampla que considere o funcionamento cerebral, o contexto de vida e os recursos individuais de cada pessoa. Como parte desse cuidado, a psicoterapia pode ser um aliado importante, oferecendo suporte na elaboração do conteúdo emocional.
Se você estiver em situação de risco ou tiver pensamentos de autoagressão, procure ajuda imediata ligando para o Samu (192) ou dirigindo-se a uma UPA, pronto-socorro ou CAPS 24h.
Na Gray Matters, cada mapeamento se transforma em um ponto de partida objetivo para acompanhar a evolução. Em vez de um diagnóstico estático, oferecemos um caminho claro para observar transformações reais, medindo de forma concreta os ganhos que vão sendo consolidados com o neurofeedback.
