A enxaqueca é muito mais do que uma dor de cabeça intensa. Trata-se de um quadro neurológico complexo, que pode provocar náusea, sensibilidade à luz e ao som, distúrbios visuais, dificuldade de concentração e alterações no humor. Em sua forma crônica ou recorrente, compromete o desempenho no trabalho, nos estudos e na vida social, tornando-se uma das condições neurológicas mais incapacitantes em escala global.

Suas causas são multifatoriais, envolvendo predisposição genética, alterações hormonais, traumatismos cranianos, tensão muscular, distúrbios visuais e fatores ambientais, como mudanças na pressão barométrica. Esse caráter diverso explica por que cada pessoa vivencia a enxaqueca de forma particular.

Em muitas pessoas, o qEEG revela um padrão de hiperestimulação cerebral, com atividade excessiva em frequências de high beta. Essa excitabilidade cortical favorece a vulnerabilidade às crises e ajuda a explicar por que sintomas cognitivos e emocionais acompanham a dor. O diferencial do qEEG é justamente identificar esses padrões funcionais, que não aparecem em exames estruturais como tomografia ou ressonância.

O neurofeedback atua modulando essa hiperativação e promovendo maior equilíbrio neural. Ao reduzir a sobrecarga cortical, favorece a diminuição da frequência e da intensidade das crises, além de apoiar ganhos em sono, atenção e estabilidade emocional. Essa abordagem é não medicamentosa e baseada em autorregulação, podendo se somar a outras estratégias de cuidado, como acompanhamento médico, avaliação hormonal, suporte psicológico ou mudanças no estilo de vida, quando necessário.

Na Gray Matters, cada mapeamento se transforma em um ponto de partida objetivo para acompanhar a evolução. Em vez de um diagnóstico estático, oferecemos um caminho claro para observar transformações reais, medindo de forma concreta os ganhos que vão sendo consolidados com o neurofeedback.