"Alex"

Estimular ou acalmar o cérebro? Uma outra forma de lidar com as dificuldades de atenção

Quadro clínico:

Dificuldade em autorregulação, dificuldade em manter-se em tarefas e ansiedade

Dificuldade em autorregulação, dificuldade em manter-se em tarefas e ansiedade

“Alex” apresentava um quadro semelhante ao de muitas crianças diagnosticadas com TDAH antes de chegarem à Gray Matters. Na escola, tinha dificuldade para permanecer sentado, distraía-se facilmente e exigia redirecionamento frequente por parte dos professores. Mostrava bom desempenho em matérias que despertavam seu interesse, mas enfrentava grande esforço para lidar com as demais, levando mais tempo que o esperado para concluir atividades. Além disso, buscava validação constante dos professores como forma de aliviar a ansiedade.

O mapeamento cerebral revelou um padrão de hiperexcitação. Suas dificuldades de atenção estavam relacionadas à incapacidade de acalmar o funcionamento cerebral, e não à falta de ativação. Embora esse perfil pudesse parecer compatível com TDAH, o mapeamento mostrou que a raiz de suas dificuldades era distinta, evidenciando a importância de compreender cada caso em sua singularidade.

A análise indicou que intervenções medicamentosas tradicionais para TDAH, que costumam atuar aumentando a ativação cerebral, não seriam a estratégia mais adequada para Alex. Como ele já apresentava hiperexcitação, esse tipo de recurso poderia intensificar sintomas de ansiedade e dificuldade de autorregulação. Esse caso reforça a importância de uma abordagem personalizada, ajustada às reais necessidades do funcionamento cerebral.

O nome utilizado neste estudo de caso é fictício e os relatos foram adaptados para preservar a confidencialidade do paciente, mantendo-se apenas os aspectos clínicos relevantes.

O nome utilizado neste estudo de caso é fictício e os relatos foram adaptados para preservar a confidencialidade do paciente, mantendo-se apenas os aspectos clínicos relevantes.