O caso de “Karen” ilustra bem como diferentes ferramentas de mapeamento cerebral podem trazer informações complementares. O qEEG de superfície fornece uma visão geral da excitação cerebral, enquanto a análise tridimensional com swLORETA permite identificar com mais precisão as áreas específicas desreguladas e sua relação direta com os sintomas. Esse detalhamento foi essencial para definir um protocolo de neurofeedback individualizado e eficaz.

Na primeira avaliação, em fevereiro de 2022, Karen apresentou um padrão de hiperexcitação no tálamo, no giro cingulado posterior e no córtex cingulado - regiões envolvidas no estado de repouso cerebral e no processamento emocional. Esses achados explicam a sensação constante de estar em alerta e “presa” em luta ou fuga. A partir deles, foi possível direcionar o treinamento para regular o sistema de recompensa dessas áreas e restaurar maior equilíbrio interno.

O progresso de Karen foi acompanhado não apenas pela melhora clínica dos sintomas, mas também por mudanças objetivamente mensuráveis em seu funcionamento cerebral, confirmando a eficácia da abordagem personalizada.